sábado, 12 de dezembro de 2009

Amantes solitários





Pobre do amante que descobriu o amor sozinho. Ele via nela a pureza de uma virgem e a beleza de uma deusa. Ela via nele o seu próximo drink. E ele lhe ofereceu uma bebida enquanto adimirava sua bela face de princesa. E ela bebadamente rindo em voz alta das declarações que o bobo lhe fazia enquanto ele achava belo seu sorriso. E a noite sem lua ia se estendendo naquela casa noturna. Ele lhe contava da vida enquanto ela lhe inventava histórias que ele sabia que eram falsas mas optou por não interromper aquela voz angelical. Ela o achou um bobo logo de cara. E ele encontrou nela a vontaqde de viver que lhe faltara. E depois de alguns tantos drinks e de outras tantas cortadas que ela lhe dava, ele percebeu que fora um tolo a noite toda. E desistiu dela ao som do ultimo tango. E ela não parava de rir do pobre amante que por ela aquela noite se apaixonara. Ele foi-se embora depois de pagar seu décimo drink. E só depois de virar a esquina a primeira lágrima daquela moça de vida boêmia escorrera por sua face. Ela chorou das duas ás quatro enquanto se recordará da ultima vez que sentiu-se apaixonada. Ela era assim pois nunca tivera sorte no amor. Sempre fora descartável para os homens e seu coração agora era de gelo. Mas o pobre homem que não tinha nada a ver com suas histórias, nunca descobriu o motivo da frieza daquela dama. E provavelmente se tornou mais um tolo que descarta os amantes pra se livrar de futuras decepções.


...

Nenhum comentário: