sábado, 29 de maio de 2010

" E aí então estamos bem"


Sempre que estou só, penso na vida e no que estou fazendo com ela. Um grande buraco negro se abre. Tudo fica oco. Vazio. Ás vezes me sinto tão perdida dentro de mim que parece que me dividi em duas. Me desentendo comigo mesma. Me perco e não me acho. É estranho a sensação de nunca estar em casa. Tantos sonhos se desmoronaram como uma pirâmide de baralho. E o que era doce na infância agora é fardo. Talvez não devesse ter ido tão longe, talvez não teria me perdido tanto de vista. Talvez devesse ter segurado mais os meus sonhos ao invés de deixá-los livres como borboletas rodopiando por entre as flores. Agora sinto que devo fazer as pazes com o tempo. Me apressar e corrigir esses estragos. Tirar a poeira da alma. E quem sabe até poder encontrar um outro norte. Me encantar com ele e perceber que algumas mudanças fazem bem pra alma. Por que a vida não é só tristeza, tem também aquela outra coisa, a tal felicidade.



Minha vida, meus delírios...


Quero ainda

poder voltar a ser aquela pessoa louca

que ri atoa

e que se arrisca

e que nunca se conforma

e que quebra a cara

e que logo se levanta

e que ri dela mesma

e que no fim da tarde sempre diz:

" A gente se diverte"



(Segundo uma formiga que outrora falava comigo, "vai dar tudo certo" e "vamos ficar bem". Eu sempre acabo acreditando no que ela diz)

Um comentário:

Winny Trindade disse...

Tem que acreditar mesmo. A vida já é ruim o bastante, não podemos correr o risco de piorá-la!!
rsrs