segunda-feira, 5 de julho de 2010

Ela


Naquele dia ela acordara feliz. Na boca, o novo batom cor carmim, no coração, mais esperança que o normal(...)

Queria poder ser carregada pela boa ou má vontade de outrem, não tinha vontade de ser móvel. Não por preguiça, não por medo ou insegurança, antes, a moça não tinha vontade para nada por nunca ter notícia do que era isso, por não ter tido um padrão a seguir e mesmo que alguns sejam excludentes, são extremamente necessários para a formação de um caráter sólido. A moça era feita de pedaços, cacos espalhados. Nem ao dormir era ela mesma por inteiro, era sempre uma metade.


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Gustavo Machado

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Mas um dia ela vai acordar e encarar o mundo de outo modo, e as coisas irão fluir novamente

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