Como se estivéssemos largado a torneira aberta. Por dias. Semanas. Ouvindo a água pingando. Batendo na louça, dentro da pia; no ralo, durante a madrugada. Mas como se tivéssemos tido preguiça de nos levantar da cama. De deixar o quente das cobertas. tirar a cabeça do amassado do travesseiro. De calçar os chinelos e andar até a cozinha para dar mais meio giro. Apenas metade de uma outra volta que acabaria com o ruído. Com o gasto de água.Com o barulho dos pingos batendo na louça. No canto do prato. Na ponta da faca.No ralo, de madrugada. Vazamento esvaziando o reservatório por descaso. Litros e litros pelo cano por nossa culpa. Não, não foi de repente. Não foi surpresa. Nosso amor secou aos poucos, gota a gota.E nós ouvimos todos os pingos.
Eduardo Baszczy
3 comentários:
Caraca!!
Nem tenho o que dizer..,
Você ja sabe, né?!
Abraço meu.
Oi Jéssica, obrigada pelo carinho da publicacao de meu selinho e fico imensamente lisonjeada e feliz pelo elogio.
Te levo comigo.
Uma semana de paz, sorrisos e estrelas pra ti! :)
Luz!
As vezes somos os mais culpados pelo nosso sofrimento, não agimos por medo; quem sabe até daria certo..
Beeijo ;*
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