quarta-feira, 14 de março de 2012



Das coisas que você raramente me ouvirá admitir. Digo coisas pois na minha concepção não chegam a ser defeitos, mas te dou todo o direito de discordar. É importante que tenhas opinião própria. Mas se vai discordar de algo, tenha um bom argumento e ganharás minha admiração. Sem mais demora, vamos retroceder ao assunto principal. Pois bem, dentre as coisas que raramente me ouvirá admitir: sou filha do drama, logo, me visto de exageros. O pouco raramente me interessa. Se for pra ter amor, que ele seja grande, se for pra sentir dor, que seja muita, se for pra te ter, que seja por completo, de corpo, alma e pensamento. O meio termo é morno. E o morno é um suplício para almas febris como a minha. Febril e descrente. Também tenho como tempero doses alternadas de pessimismo. Talvez por ser medíocre de ânimo. O tédio me suga o ânimo, que por vezes é quase nulo em alguns de meus dias. Também sou romântica. Mas não ao estilo do século XVIII onde se andava em sentido oposto ao racionalismo. E nem aquele romantismo patético de quem sonha com príncipes encantados em cima de cavalos brancos e carregando flores. Príncipes encantados não são humanos. Seus cabelos nunca ficam despenteados e eles não transpiram. São frios e egocentristas. E provavelmente muitas mulheres já perderam toda a juventude a espera de um. O que me faz lembrar da minha enorme impaciência. Sim, sou impaciente e não me dou muito bem com longas esperas.  Enjôo das coisas com certa facilidade. E para concluir outra coisa que provavelmente não irei mais admitir: cansei de escrever estas linhas sobre mim. Então me despeço aqui, sem conclusão apropriada, pois minha vida ainda não se concluiu. Nada mais justo do que deixar essas linhas escritas entre abertas. Também termino sem ponto final visto que ainda posso mudar de ideia

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