domingo, 24 de junho de 2012



            Ainda dói. Porque ainda não passou. Ainda está tudo tão vivo dentro de mim que a morte de tudo isso parece ter sido coisa da minha cabeça. Até porque, não morreu nada. E não creio que tentar arrancar tudo como se tratasse de erva daninha seja algo favorável. Então eu trato de guardar só pra mim aquilo que foi feito pra ser dividido. Então o gosto do excesso amarga e eis que eu provo do sabor da mágoa. E dói. E o travesseiro bondoso trata de abafar os barulhos da inconformidade. Enquanto a resignação não chega.


"Eu só aceito a condição de ter você só pra mim
Eu sei, não é assim, mas deixa eu fingir... e rir." ♫

Um comentário:

Fique mais um segundo... disse...

Oi, Jéssica, bom dia!!
Os momentos que constituem nossa vida às vezes se sucedem ordenados e conectados perfeitamente, construindo um período com bastante nexo e previsibilidade... Então, às vezes, surge uma ruptura tão profunda, intensa e inesperada que pensamos se o mundo enlouqueceu ou se fomos nós; se a vida foi desplugada ou se fomos sentenciados a algum exílio de algo ou alguém...
Esse é o intervalo para o travesseiro bondoso, a dor e a paciência conviverem; é o intervalo para queremos bater ou nos jogar aos pés de alguém; é o intervalo das nossas extremidades...
Mas, ainda mais rápidos que nós, os momentos vão procurar se reajustar, se reenquadrar na realidade, e nos trazer à tona. E depois, o que tiver que acontecer com as lembranças dessa ruptura, acontecerá. Não nos compete arrancar aquilo que o tempo dirá o que fazer.
Um beijo carinhoso
Doces conhos, menina.
Lello
P.S. - A foto do perfil está linda!