segunda-feira, 2 de maio de 2011

Por hora as estrelas se encarregam de todo o brilho


          A seguir os conselhos de um poeta, resolvi tentar algo diferente (de novo e mais uma vez). Então fui eu nas primeiras horas da noite para o quintal, com a garrafa de café, ao som de uma canção qualquer observar as estrelas. Alguns pontos brilhantes no céu se mexiam (aviões). Mas de repente haviam muitas luizinhas brilhantes no céu. Por toda parte. Eram elas mesmas, as estrelas. Elas estavam piscando reluzentes e encantadoras. Estavam dançando para mim. Veja só que hironia do destino: o mesmo teto que maltrata ao cair sobre meus ombros todos os dias é o mesmo que consola quando chega a noite. E por um instante é como se eu pudesse ser eu mesma, ali, a pedra pura, sem nenhuma lapidação ou oxidação causada pelos efeitos da civilização. É como se eu não precisasse mostrar para ninguém que estou bem, a liberdade da transparência da alma ao corpo. Algo mágico, embora sem brilho aparente. Mas que as estrelas se encarreguem de todo o brilho.


6 comentários:

Winny Trindade disse...

Ah, mas a gente sabe mesmo tirar proveito das estrelas, que seja sempre assim. Seja para a alegria ou para a tristeza.

Sempre há o consolo.

Abraço meu, amiguinha.

M. disse...

(...)o mesmo teto que maltrata ao cair sobre meus ombros todos os dias é o mesmo que consola quando chega a noite.

perfeito.

Mila Ferreira disse...

Chega um tempo em que as paredes caem, porque não cairia também o teto?

beijos.

Caroline disse...

Amei esse post. Às vezes nada me abriga mais do que a imensidão do infinito, do Universo.

Anônimo disse...

"Veja só que hironia do destino: o mesmo teto que maltrata ao cair sobre meus ombros todos os dias é o mesmo que consola quando chega a noite..."

Adorei isso Jéssica!

Bjos

ninguém disse...

LINDA!