sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Ninguém quer confissões aqui.
nem reminiscências.
É apenas uma questão de manter o foco.
Por isso esse formato, essa falsa elaboração.
Se alguém aqui quisesse ser realmente bom,
contaria as silabas de um soneto perfeito,
mas não é o caso. Nem é o caso, aqui,
em meio a toda essa confusão, ser ela
uma mulher prestes a chorar ou não.
Não !!
Taí uma coisa que não vai interessar
você. Ninguém quer confissões
aqui.
É mesmo melhor continuar escrevendo
essas frases curtas, que assim amontoadas,
dão um ar de coisa, coisa pensada,
e nem é, sabe?, nem é importante...
só um pouco imortante,
um pouquinho,
como se ela bebesse um copo de uísque
e fumasse um marlboro e mandasse uns 3
tomarem no cu,
é mais ou menos isso,
isso aqui,
que não pretende ser confissão, nem
lembraça,
nem emocionante, nem inteligente, nem valerá a
página
que será impressa.
Tem a premência de salvar, mas não é uma
bóia, não provoca epifânias, e por isso nem
é inspiração. Não provoca
nada.
Ocupa. Aqui todo mundo precisa estar ocupado,
quando dá essa vontade louca de morrer, é bom
fingir ser um poeta. É. É melhor continuar escrevendo.
É.
Pronto. Ela já não quer mais se matar.
Por enquanto acredita, acredita mesmo.
ser indispensável.
Trecho do livro
Dores do Amor Romântico
Fernanda Young
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2 comentários:
E pra não morrer a gente escreve ou ler e sente profundamente.
Abraço meu, amiguinha.
Saudades dessas coisas tuas.
Saudades daqui, voltando a rotina aos pouquinhos rs
Ótimo inicio de ano, sempre lindo e doce tuas escritas.
Bjos Jéssica
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